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Guia Infantil

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ninguém vive sozinho por Crescer e Johnson`s baby Por Um Mundo Melhor.

Uma das coisas que aprendi a gostar quando grávida e que ainda gosto muito até hoje é a revista Crescer.
Desde Março deste ano a Crescer e a Johnson`s  Por um Mundo Melhor,tem feito uma série de dez reportagens.A que mais gostei foi a de número 6 a que eu escolhi para falar aqui.
A baixo fiz um breve resumo pois a reportagem era um pouco extensa...rs*
"Educar uma criança para que ela cresça com valores que façam a diferença no Futuro é o que todo pai quer.Então aqui estão as nossas propostas para que isso aconteça.No sexto tema, a importância da vida em sociedade".
Fazer as crianças entenderem que precisamos nos relacionar com pessoas diferentes e seguir regras sociais é um desafio,já que vivemos uma era tão individualista e com famílias cada vez menores.Daí a missão dos pais em mostrar,dando o exemplo,qual o verdadeiro valor de uma amizade.
Tem coisa mais deliciosa do que dividir um segredo e muitas risadas com os amigos?É assim que as crianças experimentam sentimentos e formam seu caráter,sua moral e seu senso de justiça.
UBUNTU.Bastou uma copa do Mundo na África do Sul para a gente descobrir uma palavra que parece resumir tudo o que buscamos ensinar aos nossos filhos para que sejam mais felizes e construam um mundo melhor.Tão africana e tão difícil de traduzir,"ubuntu"significa irmandade,compaixão,soliedariedade,amizade.
Ou,como explicou o bispo sul-africano Desmond Tutu,Nobel da Paz:a essência do ser humano."Você não pode viver isoladamente,você não pode ser humano se é só",resumiu.
Nosso desafio é conseguir ensinar às crianças,em uma sociedade cada vez mais individualista,que ninguém vive sozinho.Mais do que isso,como diz a música,precisamos mostrar que "é impossivel ser feliz sozinho".E aqui não estamos falando de uma vida cor de rosa,de finais felizes ou de comunidades hippies.Estamos tratando de sobrevivência pura,estamos falando de saúde.
Parece estranho?Você vai ver como não é:"A saúde é um conjunto de bem-estar "biopsicossocial",então não é possível promover saúde sem afeto e sem empatia,que estão intimamente relacionados às interações sociais.Mais do que ensinar que ninguém vive sozinho,é preciso admitir que é impossível ser feliz na solidão",afirmam a neuropediatra Lara Cristina dos Santos e o neuropsicológa Maria Dalva Lourenceti,ambas do Ambulatório de Desvios da Aprendizagem da Unesp de Botucatu(SP).Nem nas histórias infantis,para ficarmos em um assunto que as crianças adoram,heróis e mocinhas conseguem vencer suas batalhas sozinhos.Chapeuzinho Vermelho tem a ajuda do lenhador.Batman,do Robin.Branca de Neve,dos Sete Anões...
A questão é como estimular essas interações sociais.Segundo especialistas,pesquisas e livros consultados pela Crescer,há vários caminhos possíveis,mas existe um que é infalível:O EXEMPLO DOS PAIS.
É nossa missão mostrar o valor da amizade,de que forma se exercita a solidariedade(e não só doar roupas que não usamos mais,mas também deixar um carro entrar na frente no meio do congestionamento,por exemplo)e como precisamos,todos os dias,da ajuda uns dos outros.Ninguém consegue viver sem que o motorista de caminhão trabalhe,porque os alimentos não chegariam a nós,sem que os lixeiros recolham os entulhos,porque a sujeira tomaria conta de tudo...Por mais "invisíveis"que algumas relações possam ser,dependemos delas para viver.
Quando uma criança convive com o outro,ela experimenta sentimentos e pensamentos que contribuem para a formação do seu caráter,da sua moral e do seu senso de justiça."Assim,os pais são,ou pelo menos deveriam ser,os primeiros facilitadores do processo de convivência,mediante interações saudavéis,vínculos positivos e modelos adequados.Não adianta falar para a criança uma coisa e agir contrariamente."Cabe a nós,ainda,ensinar as regras da vida em sociedade e dizer o que é certo e o que é errado.
Quando os pais ensinam o que é permitido fazer(e seguem seus ensinamentos,claro!)e estimulam a empatia,os filhos tem maior tendência a levar os sentimentos dos amigos em consideração e conseguem construir vínculos sociais mais sólidos.
Claro que as crianças já nascem com traços de personalidade definidos e uma menina introvertida jamais será a miss simpatia da escola,ainda que seus pais sejam as pessoas mais sociavéis do mundo.O que acontece é que,quando elas veem exemplo dos pais,sentem-se mais encorajadas a repetir o comportamento.Só é preciso ter cuidado para que não sejam estabelecidos apenas relacionamentos superficiais.Aprofundar um vínculo com um amigo é tão gostoso e importante quanto fazer uma nova amizade.Outra preocupação,lembram os especialistas, é com a perda da individualidade.Às vezes uma criança quer tanto ser aceita pelo grupo que se torna uma maria vai com as outras e deixa de ter opinião,gostos e sonhos próprios.
Com os amigos a criança aprende a resolver conflitos.
BRINCADEIRAS E GRUPO- A criança começa a perceber que não está sozinha neste mundo e a ter noção do outro entre os 4 e 6 meses e,conforme vai crescendo,mostra interesse real por outras crianças e aumenta seu circulo social.
É também brincando em grupo que ela expõe sentimentos,expande o processo do pensar e tem experiências com a linguagem e as regras sociais.Dessa forma,descobre que pode se doar ao outro e que é capaz de viver sentimentos complexos como a compaixão.
Em alguns casos,porém,podem aparecer as chamadas dificuldades sociais,quando as crianças não conseguem se relacionar bem com os colegas.Essas dificuldades podem ser emocionais(falta de estímulos ou de bons modelos),biológicas(problemas como autismo) ou de comunicação interpessoal(timidez excessiva,por exemplo).
Na casa de Meire Cardoso,40 anos, o problema foi justamente a timidez.Quando a filha Ligia,hoje com 7anos,começou a ir para a escola aos 3,sua personalidade reservada chamou atenção."Na casa de parentes,ela grudava em mim,não falava oi nem tchau para ninguém conta a mãe.Mas na escola a situação piorou.A familia decidiu,então,procurar um psicologo e hoje a menina está mais solta.
Além de timida,Ligia é filha única,como as crianças de 15%das familias brasileiras.Algumas delas tem dificuldades em criar vínculos simplesmente por falta de oportunidades."Quando colocamos fones nos ouvidos,quando tiramos a TV da sala e deixamos uma em cada quarto,quando dizemos(Não converse com estranhos) pensando na segurança,acabamos por afastar as pessoas e não permitir o diálogo.Assim,criamos empecilhos para a vida em sociedade até para as crianças,que são abertas e querem troca com o outro".
Sem dar oportunidades,acabamos por incentivar o individualismo,que se reflete na vida amorosa,na economia,no mercado de trabalho."O mundo profissional funciona cada vez mais em equipe.Nem o médico é mais um profissional liberall,ele trabalha com enfermeiras,com outros médicos.O problema é que os jovens se formam sem ter competências sociais,entram em pânico quando se veem em uma equipe multidisciplinar e,muitas vezes,perdem a chance de serem bem-sucedidos",analisa."Precisamos mudar isso",Como diz a cientista e escritora norte-americana Margaret Wheatley,que estuda comportamento organizacional."NADA QUE VIVE, VIVE EM ISOLAMENTO.NÓS[HOMENS]CRIAMOS A NOÇÃO DE INDIVÍDUO,DE ORGANIZAÇÕES,DE PAPÉIS E CAIXINHAS SEPARADAS".É HORA,ENTÃO, DE UNIR AS CAIXINHAS!!

"Cada um tem um jeito.Cada um com um gosto.Cada um com um sonho.As amizades de verdade têm espaço para tudo:para a discordância,o respeito,a cumplicidade,a soliedariedade,a saudade,as brigas,as pazes,os abraços,as lembranças inesquecíveis.Ter um Amigo,amigo mesmo!Só faz bem para todo mundo.
MINHAS PALAVRAS...
Gostei tanto dessa reportagem.Pra mim esse tema é delicado,porém especial!
Ultimamente tenho tido mais contato com amigos distantes pelo MSN do que ao vivo e a cores.Aqui onde moro há 4 anos,não sei mesmo o que aconteceu mas não tenho amigos para contar aqui.
Somos só eu,meu marido e o pequeno Matheus.
Isso me entristece um pouco,pois vim sonhando com outra vida antes de morar em cidade de interior.(Mas vamos deixar minhas frustrações de amizade pra lá...)
Hoje as pessoas estão tão preocupadas em ganhar dinheiro,ter status,bens materiais que não se ligam em manter afeto ter amizades.Hoje o mundo tem sido muitooo invidualista.Daí pergunto à você:
-Será que não tá na hora da gente mudar isso e fazer pelo menos que nosso filhos tenham amigos e tenham um destino diferente?!
PARE,PENSE...E REFLITA!
Encerro este post com 3 fotos de momentos deste ano que Matheus teve com alguns amiguinhos.

Fonte de Pesquisa:Revista Crescer 201 Agosto de 2010-pág 62 "Crescer e Johnson`s Baby por Um Mundo Melhor".Reportagem de número 6.



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